29 maio Apenas 18% das empresas cuidam da saúde mental dos seus funcionários
O cuidado com a saúde dos funcionários deve ser feito de forma integrada, ou seja, deve-se olhar o físico e o mental em conjunto. Já diziam os antigos: “Mens sana in corpore sano”, “Mente sã em corpo são”. Infelizmente são poucas as empresas que têm essa preocupação. Segundo pesquisas, apenas 18%.
Resultados da pesquisa da ISMA-BR?
A ISMA-BR é um braço do International Stress Management Association, respeitada associação, com caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no mundo.
Os estudos confirmaram que nove em cada dez brasileiros ativos no mercado de trabalho apresentam algum grau de ansiedade e 47% deles sofre de algum nível de depressão, recorrente em 14% dos casos.
Infelizmente o número de afastamento do trabalho devido a esse tipo de problema tem aumentado. Segundo estimativas do Fórum Econômico Mundial, os gastos relacionados a transtornos emocionais e psicológicos podem chegar a seis trilhões de dólares até 2030, ultrapassando a soma dos custos com diabetes, câncer e doenças respiratórias.
60% dos indivíduos apontaram o trabalho como a principal fonte de esgotamento, irritação, nervosismo. É ali que as energias são sugadas. E a preocupação em manter o emprego para sustentar a família em tempos de crise, agrava ainda mais a situação.
A presidente da ISMA-BR, a psicóloga Ana Maria Rossi que tem consultório em Porto Alegre/RS, notou um acréscimo de 30% nas procura por atendimento nos últimos seis meses, sendo quase dois terços, executivos.
Saúde Mental: Quanto o estresse custa aos cofres públicos?
– No Brasil, em 2011, foram responsáveis pelo custo 211 milhões de reais a novos beneficiários por afastamento;
– Em 2015, 16.381 pessoas foram afastadas dos seus cargos e receberam auxílio do INSS.
Esse problema acontece também em países como Estados Unidos, causando uma perda de produtividade que supera os 19 bilhões de dólares por ano. Fora o prejuízo pessoal, pois que fica deve substituir que saiu, acarretando em mais trabalho e mais estresse.
Quando precisam cobrir alguém, os superiores ficam 15% menos produtivos e os colegas, 30%. Fora aqueles que por medo de perder o emprego, vão trabalhar, mas não produzem. Esse número chega a 92%. Esse hábito desencadeia erros, baixo desempenho, aumento dos problemas de saúde mental e piora na qualidade de vida, afetando mais a produtividade que o próprio absenteísmo.
A consultoria Mercer avaliou 267 companhias de médio e grande porte e concluiu que 46% não planejam investir em um programa de saúde mental nos próximos anos. Apenas 18% mantêm algo nesse sentido e somente 5% contam com um psicólogo nas suas dependências.
Saúde Mental: O que fazer para mudar esse quadro?
Esse assunto ainda é tratado como tabu, o que dificulta ainda mais a procura por tratamento e a importância que lhe é dada.
O primeiro passo é desenvolver uma cultura corporativa que abranja a saúde mental e emocional. Depois montar um programa de tratamento dessas doenças.
No mercado cada vez mais competitivo e tecnológico, somos atingidos por um tsunami de informações a todo momento e isso contribui para o adoecimento da nossa mente, pois a carga cerebral é muito maior.
Estamos interligados o tempo todo e as cobranças são cada vez maiores. Estamos o tempo todo sendo lembrados do que não fizemos, e ainda não temos estrutura para isso, o que aumenta o estresse e provoca distúrbios de ansiedade e humor.
Um exemplo prático foi a reforma recente da sede da Sodexo, em Barueri, Grande São Paulo, que tem um andar inteiro destinado às práticas de bem-estar. Os resultados foram tão bons que os escritórios da Bélgica e da França planejam copiar as práticas.
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